domingo, 11 de março de 2012

História da Família


Arcângelo Vasata e seu irmão Vicenzo, filhos de Vitorre Vasata e Antonia Bosco, saíram da Itália em 1886 com destino ao Brasil. O passaporte foi expedido na cidade de Feltre, em 24 de fevereiro de 1886. Vicenzo tinha 15 anos, quando chegaram ao Brasil fixaram residência em Nova Pádua, município de Caxias do Sul-RS. (Passaporte)

Arcangelo Vasata e Giovana Bernardi Vasata, tiveram um único filho: Isidoro Vasata.


Vida de Isidoro Vasata e Ottavia Piton

Isidoro Vasata e Ottavia Piton, casaram-se pelo civil em Nova Pádua-RS, aos 19 de fevereiro de 1911, tendo já um filho de quatro meses de idade chamado Pedro. Foi escrivão do casamento o Sr. Benedetto Bigarella e Juiz o Sr. Arcaro Angelo. Testemunhas: Antonio Bernardi e João Campagnoni.

Residiram em nova Pádua até 1918, quando se transferiram para Paim Filho, fixando residência à margem do Rio Forquilha, explorando uma balsa no mesmo rio, onde hoje é propriedade de Orélio Zandoná, na foz do rio dos Índios. Posteriormente adquiriram uma propriedade na linha Limoeiro, onde viveram o restante dos seus anos. Na linha Limoeiro dedicaram-se à agricultura e em especial ao cultivo de parreiras. Além de um grande parreiral tinham enorme quantidade de árvores frutíferas: maçãs, peras, ameixas, nozes e outras. Devido à escassez de água era extremamente trabalhoso e sacrificante o tempo de sulfatar as parreiras, pois tinham que apanhar água com carroça no rio Forquilha, à distância de quase 2 quilômetros. hoje, 1985, não há mais sinais nem da casa, parreiral nem árvores frutíferas. Talvez se poderá encontrar alguma tronqueira velha, de cerne, testemunhando o heróico esforço desses pioneiros. A propriedade hoje pertence ao genro Leonildo Piana. Por volta de 1950, ainda lembro, quando chegava a safra da uva, muitas vezes o nono abria as pipas e despejava fora o precioso vinho, por falta de comércio e para ceder lugar ao novo.

Quando mais jovem o nono gostava muito de beber, e embora tivesse em casa vinho à vontade, dirigia-se seguidamente a Paim Filho montado na sua mula de estimação, donde voltava quase sempre embriagado, obrigando a coitada da mula a trazê-lo para casa, muitas vezes sabendo mais ela do que ele. Outro vício do nono era o cachimbo (pipa). Possuía vários tipos de cachimbos que eram utilizados periodicamente de acordo com as ocasiões. Um dia, poucos anos antes de morrer, encontrava-se ele na varanda da casa, após o almoço picando sossegadamente seu fuminho, quando deu pela falta do cachimbo. Procurou por toda a parte e nada. Até que, meio zangado, falou para a nona, que estava lavando a louça, que o haviam escondido por desaforo. A nona voltou-se para ele e começou a rir: Ele tinha o cachimbo na boca.

Aos 80 anos de idade, há vários anos sofria da bexiga, tanto que utilizava uma sonda para urinar, resolveu tentar uma cirurgia, mas foi sem efeito. Após vários meses de dores, veio a falecer em sua residência. Somente deixou de fumar cachimbo após a operação, ou seja no últimos 3 meses de vida. Está sepultado junto com a nona, no cemitério de Paim Filho. No ano seguinte, 1970, falecia da mesma doença o Arcângelo.

Texto original de Genésio Vasata redigido em Julho de 1985.

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